.

.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

POLÍTICA: PMDB já era: PSDB estava a beira do abismo, mas deu um passo a frente

No último dia 2 de outubro, primeiro turno das Eleições Municipais 2016, foram eleitos 5.493 prefeitos. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) foi o que mais elegeu prefeitos: 1.026. Na sequência, aparecem o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que elegeu 792 prefeitos; o Partido Social Democrático (PSD), com 539; o Partido Progressista (PP), com 494; e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), com 413 prefeitos eleitos. O PMDB elegeu o maior número de prefeitos em 14 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. O PSD elegeu mais prefeitos em quatro estados: Bahia, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. O PSDB conquistou mais prefeituras em Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Lembre-se: o PMDB saiu das eleições de 2014 como o maior partido do país em Estados administrados. Dispôs também, então, do maior número de municípios e de parlamentares no Congresso Nacional : emplacou sete governadores, a maior quantidade entre as nove legendas que elegeram governantes no ano passado. Em 2012, lembre-se também, o PMDB fez o maior número de prefeitos (1.019 ao todo). Minha tese já foi exposta aqui no blog: o populacho cansou da “grand politique”. Quer soluções locais. “Quer ser universal, fala de sua aldeia”, notava Tolstoi. O PMDB é o poder da aldeia: são os pais do municipalismo. Lembrem-se que Quércia foi quem inventou as frentes municipalistas. Elas fizeram do partido o mais forte do Brasil (Luiz Fernando de Souza, o Pezão, o mais novo arauto do municipalismo, vem de uma terra carioca de ninguém, obscuro município de Piraí). O PMDB aprendeu a resistir a ditadura e a gerenciar o poder depois que ela acabou. Irrigou a democracia dominando nos bairros, nos rincões. Nos últimos 30 anos muita gente veio prenunciando o paroquialismo político, o poder local. Foucault chamava de “microfísica do poder” e de “atomismo politico”. Sérgio Paulo Rouanet chamava a tendência, nos anos 80, de “pontilhismo político”. As pessoas querem no poder um representante que conheciam já do bairro: o “médico de família” político. O PMDB é isso. A irrigação municipalista do PMDB pulverizou o PT. O PMDB corria o risco de dominar o país por cem anos, tipo PRI mexicano. Mas dançou: Cunha vai deletar Temer ao osso.  Yahoo Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário