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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

"Privatizar significa precarizar", diz líder Alice durante ato contra privatização da Eletrobras

Um ato público na Câmara dos Deputados marcou o lançamento, nesta terça-feira (12/09), da Rede Parlamentar em Defesa da Soberania Energética e Nacional e da Campanha Nacional “Energia Não é Mercadoria”, que têm como objetivo evitar a privatização da Eletrobras e de outras empresas de geração e distribuição de energia no Brasil. A “reforma” do setor foi anunciada pelo governo federal em julho e ainda vai ser encaminhada ao Congresso. No evento, a líder do PCdoB na Câmara, deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), afirmou que o Brasil vive um retrocesso histórico e reforçou a necessidade de uma frente ampla para lidar com a pauta defendida pelo governo ilegítimo. “Privatizar significa precarizar. Vamos verificar isso caso se concretize a venda da Eletrobras e da Chesf, por exemplo. Vivemos um processo ultraliberal e isso precisa ser enfrentado nas ruas, nas greves. Se não houver reação, vai ser difícil que a gente garanta mudanças no grito. Sem retaguarda não há efetiva influência. Precisamos criar uma ampla frente de resistência, pois precisamos ganhar segmentos que não estão engajados, necessariamente, na luta contra o golpe. Eles voltaram para tentar terminar o trabalho sujo que não conseguiram no governo de FHC e arrebentar as estatais que sobraram. Não podemos permitir que isso aconteça”, disse a líder. O ato reuniu eletricitários e eletricitárias de todo o Brasil e representantes de movimentos sociais. Presente no lançamento, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Eduardo Borges da Silva, disse ter receio de que as privatizações provoquem o aumento do custo da energia e a piora do serviço, prejudicando especialmente a população de baixa renda. Representante dos trabalhadores das empresas do setor elétrico, Fabíola Latino, da Confederação Nacional dos Urbanitários, ressaltou que essa é uma área que depende de recursos públicos. “Todo projeto de expansão para geração e transmissão de energia elétrica já é feito via parceria público-privada, que conta com dinheiro do BNDES. Nos empreendimentos em que entrou sozinha, a iniciativa privada desistiu do negócio ou da licitação”, disse.

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